
Animais Perigosos - Foto: Reprodução
“Animais Perigosos” chega prometendo ser um sopro de novidade no já saturado gênero dos filmes de tubarão. E, de certa forma, é. Aqui, a tensão não vem apenas das mortes sangrentas, mas principalmente do sufoco psicológico vivido pelos personagens — especialmente pela protagonista Zephyr (Hassie Harrison), que entrega uma performance convincente e sólida no papel de final girl. Ela consegue transmitir desespero e resiliência de forma crível, sendo o ponto de ancoragem emocional da história.
Animais Perigosos é um filme de “gato e rato”
A trama mistura elementos de slasher com suspense aquático, colocando no centro Tucker (Jai Courtney), um serial killer que usa tubarões como arma para se livrar de suas vítimas. A ideia, por si só, é interessante e foge do clichê “animal assassino sem motivação”. E é isso que torna o filme agradavel, um assassino slasher não precisa necessáriamente de uma motivação para fazer o que faz. Tucker é um psicopata que seleciona bem suas vitimas, procurando sempre turistas dos quais ninguém no local irá sentir falta, ou o procurar, o roteiro usa isso como desculpa para que Tucker se mantenha como um serial killer por anos sem levantar suspeitas.
Ainda sim, o foco principal de “Animais Perigosos”, não esta nos tubarões, mas sim na tensão na qual os personagens passam, e principalmente na protagonista que luta o tempo todo para escapar e não desiste de sobreviver, é um verdadeiro “gato e rato”, sendo bem tenso em sua maior parte.
Boa direção e Fotografia única
O diretor Sean Byrne consegue sustentar o suspense na maior parte do tempo, criando sequências de tensão bem construídas e guardando alguns segredos até o clímax. O CGI dos tubarões é bom, mas apresenta algumas falhas, essas que não incomodam por se tratar de um filme de gênero slasher e as cenas de mergulho, principalmente quando mostra tubarões reais impressiona por sua linda fotografia vista do fundo do mar.
No saldo final, “Animais Perigosos” é um filme que diverte, tem bons momentos de tensão e atuações sólidas, mas que não chega ao nível de produções recentes como “Águas Rasas”. Vale a sessão para quem gosta de thrillers de sobrevivência e quer ver uma proposta diferente envolvendo tubarões.
Animais Perigosos: Este filme impressiona por sua fotografia e diverte com sua ousadia de trazer o gênero de filmes com tubarões para uma nova perspectiva – Carlos Enriki
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