James Cameron - Foto: Reprodução
Pouca gente em Hollywood carrega no currículo uma coleção tão absurda de feitos quanto James Cameron. O cara simplesmente comandou Titanic (1997), Avatar (2009), reinventou a ficção científica para uma geração inteira e, de quebra, domina o pódio das maiores bilheterias da história. Mas, mesmo com quatro décadas de estrada e uma prateleira abarrotada de Oscars, o diretor não dá nenhum sinal de que pretende pisar no freio.
Agora, ele se prepara para lançar Avatar: Fogo e Cinzas, previsto para 2025 — um dos filmes mais aguardados do ano e o novo capítulo da saga que virou referência máxima em tecnologia de cinema. Antes disso, porém, vale voltar no tempo e revisitar a jornada que levou Cameron ao topo da elite hollywoodiana.
Das salas improvisadas ao radar de Roger Corman
A trajetória de Cameron começou de um jeito tão improvável quanto inspirador. Em 1977, impactado pelo lançamento de Star Wars, ele juntou o amigo Randall Frakes para criar Xenogenesis, um curta de ficção científica gravado literalmente na sala de casa e financiado… por dentistas. Sim, dentistas. O projeto já trazia sementes de conceitos que marcariam sua filmografia: robôs, alienígenas e conflitos entre humanidade e tecnologia.
O curta chamou atenção do lendário Roger Corman, mestre dos filmes de baixo orçamento e um verdadeiro formador de talentos. Na produtora de Corman, Cameron mergulhou de cabeça no que aparecesse: miniaturas, efeitos especiais, direção de arte — o famoso “faço de tudo um pouco”. E esse laboratório rendeu frutos.
O Começo Turbulento de James Cameron
Em 1982, Cameron foi chamado para trabalhar nos efeitos de Piranha II: Assassinas Voadoras. Quando o diretor original saiu por divergências criativas, ele assumiu o comando. O problema? Bateu de frente com os produtores, teve decisões sabotadas e acabou tão descontente com o filme que até hoje renega a obra. Para ele, aquilo simplesmente não conta.
A verdadeira estreia: O Exterminador do Futuro
Se você perguntar ao próprio James Cameron, a estreia de verdade aconteceu dois anos depois, em 1984, com O Exterminador do Futuro. Inspirado por Halloween e por um pesadelo onde uma figura metálica surgia das chamas armada de lâminas, ele criou um dos universos mais icônicos do cinema moderno.
Foi ali que surgiram Sarah Connor (Linda Hamilton), o ciborgue implacável de Arnold Schwarzenegger e toda a mitologia envolvendo o futuro pós-apocalíptico dominado por máquinas. O resto é história — daquelas que moldam a cultura pop por décadas.