
Sting - Foto: Reprodução
Nem toda criatura precisa de uma grande metáfora para funcionar no terror. Sting: Aranha Assassina prova isso ao entregar uma história simples, mas bem amarrada, que diverte sem se perder em pretensões. Com um roteiro enxuto e direto ao ponto, o filme de Kiah Roache-Turner não se alonga além do necessário, mantendo um ritmo ágil que evita aquele cansaço típico de produções que se estendem mais do que deveriam.
Os personagens são um dos grandes trunfos da obra: cativantes e bem construídos dentro do que o filme se propõe. Mesmo sem profundidade excessiva, eles funcionam dentro da dinâmica do enredo e fazem com que a jornada seja envolvente. O humor pontual e a interação entre os moradores do prédio trazem uma camada extra de entretenimento, enquanto o terror se sustenta bem na clássica combinação de efeitos práticos e uma ambientação claustrofóbica.
Além disso as mortes de alguns personagens, enquanto Sting é ainda uma aranha pequena, são cenas interessantes e desbloqueiam alguns medos de aranhas, mantendo o espectador focado na tela e ansioso para o que a Aranha fara quando estiver em seu tamanho adulto.
Sem reinventar a roda, Sting entrega exatamente o que se propõe: um creature feature divertido, tenso na medida certa e com energia criativa de sobra. Em um tempo onde muitas produções do gênero se apoiam no CGI ou tentam transformar tudo em uma grande parábola, é refrescante ver um filme que simplesmente quer contar uma boa história — e faz isso muito bem.