
The Last of Us - Foto: Reprodução
A segunda temporada de The Last Of Us chegou ao fim neste domingo (25), deixando um gostinho de “quero mais”, algo que veremos provavelmente em 2027 com a estreia da terceira temporada que já foi confirmada pela HBO.
Esta temporada se esforçou para ser fiel ao game, mesmo com algumas mudanças que dividiram muitas opiniões entre os fãs, e desde o primeiro episódio vimos que a HBO, tentou realmente trazer uma boa adaptação para a televisão, assim como fez na primeira temporada.
Mudanças no enredo
A maior diferença é na Ellie, onde a série tenta deixar ela um pouco mais humana do que no game, enquanto no jogo a protagonista é movida pela vingança e mata qualquer um que entrar em seu caminho, a Ellie da série evita alguns confrontos, e foca apenas em encontrar a Abby, além disso, em certo momento, ela é incentivada pela Dina a continuar com a vingança, o que não seria um problema, estamos falando de uma adaptação, mas a HBO pecou sim em diminuir a “maldade” da protagonista, a Ellie da série ela não se importa com ninguém, só consigo mesma e com sua sede de vingança.
No entanto a temporada divertiu, conseguindo se manter em ser uma adaptação e não um copia e cola do jogo, algo que muitos tentam e não conseguem, como é o caso de Resident Evil que se esforçam, mas não conseguem agradar aos fãs do aclamado game de terror.
Um grande destaque foi o episódio 6, revelando os conflitos mal resolvidos ela e Joel, deixando muito claro as diferenças entre os dois, mesmo que seja o episódio mais emocionante desta temporada, não há como esconder que a HBO tentou diminuir o Joel neste episódio, mostrando que ele é mais sangue frio do que conhecemos, principalmente na cena com o Eugene.

The Last of Us season 2 dividiu os fãs
The Last of Us Season 2, dividiu a opinião dos fãs, e não conseguiu se manter com a mesma audiência da qual iniciou do primeiro ao último episódio, nem mesmo causar o grande impacto que teve a primeira temporada.Se a HBO quiser manter o legado da série, a terceira temporada precisa unir o impacto da primeira com a ousadia da segunda.
Mesmo com seus tropeços, The Last of Us está ainda alguns degraus acima da média quando falamos de adaptações de videogame para as telas. Isso porque a série se apoia em uma base sólida: personagens complexos, temas morais pesados e uma atmosfera que equilibra tensão e humanidade. Ainda que esta temporada tenha perdido parte da força narrativa que consagrou a primeira, ela acerta ao tentar algo que muitos roteiristas evitam: aprofundar feridas.

Agora a HBO tem um grande desafio, manter a chama acesa até 2027. Para isso precisarão reconquistar o público que se sentiu afastado por conta de algumas decisões criativas, eles precisão saber quem nem sempre a liberdade no roteiro é o caminho ideal, mas levando em consideração de que a próxima temporada traga Abby no centro do protagonismo, é possivel que a série tenha uma boa audiência, mas não se devem ser levados pela ganancia de tentar uma quarta temporada, pois se não finalizarem a história na terceira, teremos uma quarta fadada ao fracasso .
E que ninguém se engane: The Last of Us nunca foi sobre zumbis. É sobre o que resta da gente quando o mundo já acabou. Sobre até onde vamos por quem amamos e até onde deixamos de ir por medo. A série ainda tem fôlego para mais, mas vai precisar mergulhar fundo no que há de mais sombrio, doloroso e, paradoxalmente, mais humano nos próximos episódios.
Se a terceira temporada entregar esse mergulho com a mesma intensidade do jogo, pode marcar o nome da HBO na história da TV mais uma vez. Caso contrário, corre o risco de ser apenas mais uma série que começou com um estrondo… e terminou num sussurro. Bom a HBO sabe fazer isso né… Game of Thrones cof cof…
The Last of Us: Com alguns acertos e tropeços a segunda temporada se esforça para ser fiel ao game e segurar a audiência até o final da temporada – Carlos Enriki